quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DANÇA: UMA ALTERNATIVA PARA INTERAGIR MENINOS E MENINAS

Utilizamos como conteúdo a dança, pois acreditamos que através da dança podemos aproximar integrar e interagir meninos e meninas nas aulas de educação física. A partir do momento que o professor não desenvolve outros conteúdos o aprendizado dos alunos fica limitado, diante disso temos a proposta de desenvolver a dança em nossa intervenção. A dança além de proporcionar benefícios à saúde do corpo também beneficia a saúde mental. Na escola ela poderá ser trabalhada como uma forma de manter a cultura local de cada cidade, como por exemplo, a escola onde desenvolvemos nossa intervenção é freqüentada por moradores pomeranos, através da educação física e a dança os alunos poderão conhecer um pouco mais da própria cultura, origem e costumes.

A dança na escola busca não somente o desenvolvimento das capacidades motoras e sim as capacidades imaginativas e criativas do aluno. A dança se diferencia daquelas atividades propostas pela educação física, pois ela não tem caráter competitivo, presente nos jogos desportivos. Ao contrário, o corpo expressa suas emoções estas que os próprios alunos em grupos poderão desenvolver através de atividades conjuntas. Ela é uma expressão corporal e sentimental que move o homem a criar novas formas de comunicação e a desenvolver características culturais e identidades próprias, com uma multiplicidade de formas de expressão. Ela é uma estratégia de uma metodologia pedagógica cooperativa onde uni as pessoas, sendo assim poderá ser uma forma de minimizar essa separação entre os dois sexos.

Iniciamos nosso Estágio seguindo essa perspectiva. A princípio, os alunos não gostaram muito da idéia de praticar dança, pois eles possuem a visão de que educação física é sinônimo de esporte, principalmente, de futsal. No decorrer da nossa intervenção estamos encontrando muitas dificuldades, muita resistência por parte dos alunos, porém, com o tempo estamos conseguindo desenvolver o que propomos. Aos poucos os alunos perceberam que educação física não é apenas esporte, e que durante as aulas muitas questões podem ser trabalhadas, assim como a nossa que envolve a separação de gênero.

Apresentamos a nossa proposta de intervenção para os alunos, demonstrando o que pretendemos realizar e fazer durante a intervenção. Pensamos em desenvolver e construir uma coreografia para ser apresentada no final do estágio para toda a escola, porém, esse não é nosso objetivo principal. Com o decorrer do Estágio percebemos a coreografia não é o mais importante, mas sim conscientizar os alunos que é possível trabalhar com a união de gêneros durante as aulas, bem como, entender todo o processo que envolve esse fenômeno.

Portanto, decidimos apresentar as coreografias apenas para a própria turma e realizar uma atividade final para podermos avaliar o que os alunos entenderam durante a intervenção. Pensamos em uma atividade diferente. Dessa forma, a proposta foi de cada grupo utilizar a criatividade para confeccionar os trabalhos em forma de cartazes; poderiam também utilizar reportagens, desenhos, figuras, charges que representasse de alguma forma o que eles aprenderam.

Além de tentar minimizar a separação de gênero durante as aulas de educação física, queremos também fazer com que os alunos reflitam sobre essa questão, tornando-se seres humanos mais igualitários e reflexivos. Através dos debates e perguntas feitas percebemos que ainda é muito difícil lidar com a questão separação de gênero durante as aulas de educação física, tanto os meninos como as meninas não aceitam de forma alguma jogar e trabalhar juntos. No entanto, eles entendem que isso é importante, que devemos trabalhar sim essa questão durante as aulas, todas as aulas que os grupos jogaram futsal juntos, eles conseguiram jogar, sem mais problemas, as primeiras aulas eles reclamaram um pouco, agora eles já dividem as equipes incluindo ambos os sexos, sem mais problemas.

Acreditamos que talvez seja uma questão de hábito, pois eles nunca haviam passado por essa experiência antes, porém, agora já conseguem se relacionar e trabalhar juntos.

A mesma coisa ocorre com o desenvolvimento da coreografia, de início os alunos não gostaram muito da idéia, principalmente, de ter que tocar em um menino ou menina, ter um contato físico, eles demonstravam certo receio, com o decorrer das aulas eles foram se “soltando”.

3 comentários:

  1. Que legal meninas! Sabemos que não é fácil ministrar aulas com o conteúdo dança. Mas não é impossível e a intenção de vcs é melhor ainda, pois é preciso que meninos e meninas trabalhem juntos e é interessante que eles tenham conhecimento sobre a dança na região em que moram.

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  2. Trabalhar a separação de genero é bem bacana e desenvolvida junto da dança que é uma pratica pouco trabalhada nas escolas.
    meninas e meninos tem que estar todos juntos numa mesma atividade.
    parabens meninas.

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  3. Muito interessante a proposta de estágio de vcs!!!Pois e um paradigma que deve ser quebrado nas relaçãoque permeio o ambiente escolar. Além disso queremos parabeniza- las pela atitude corajosa em enfrentar e querer desconstruir essa separação entre meninos e meninas diante da represão dos alunos diante do conteúdo da dança, por envolver o preconceito que se tem do envolvimento dos generos e das classes sociais nas danças e também sobre outros conteúdos e possibilidades de práticas corporais proposta por uma Educação Fìsica Escolar inovadora.

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